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Como encontrar o propósito de vida após a meia-idade: reflexões sobre escolhas e consequências

Atualizado: 8 de ago. de 2023

Juliano é um médico respeitado de 50 anos que dedica boa parte da sua vida à sua profissão. Bom marido, bom pai, excelente profissional, religioso, que tem uma boa vida, impecável imagem com a vizinhança, mas que não se sente realizado, ele vive um dilema agora na meia-idade.


Seu sonho desde a adolescência, sempre foi ter uma “vida mais rebelde”; comprar uma Harley, ter uma banda de rock e viajar pelo mundão. Ama ouvir Black Sabbath, Motörhead, Ac/Dc e é apaixonado por adrenalina. Ele sempre se imaginou nos vocais e tocando guitarra; nas festas de família gosta de ligar o karaokê e arrisca cantar umas músicas. Os amigos dizem que Juliano leva jeito para isso.


A dúvida bate forte em sua mente: desengavetar os velhos sonhos, abrir mão de uma boa parte do seu salário, radicalizar e mudar a vida da água para o vinho; ou manter o estilo de vida e reputação que construiu ao longo de vários anos em sua comunidade. Ele sente que precisa fazer algo antes que seja tarde demais, mas esse dilema não sai da sua mente.


Assim como o Juliano, todos, em algum momento questionam o rumo que estão dando para a própria vida. Essa reflexão é antiga e me faz lembrar dois grandes pensadores da humanidade.


De um lado temos as reflexões do “ácido” Schopenhauer, que diria: “A vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir.” Para esse pensador, tudo caminha para a insatisfação, e essa crise da meia-idade é apenas uma constatação consciente deste fato. Pensando bem, neste caso, talvez fosse melhor Juliano não se arriscar, pois como ele já tem 50 anos, as chances dos seus sonhos se tornarem realidade são ínfimas, pois ele teria que começá-los do zero, e mesmo que os alcançasse, não ficaria satisfeito com os resultados e logo surgiriam o tédio e novos desejos.


Do outro lado temos os pensamentos do existencialista Sarte, que diria: “Viver é isso: Ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências.” Sartre argumentaria que a vida não tem um sentido, exceto os que você a atribui através das suas próprias escolhas.


De toda forma a escolha não é fácil: ousar dar um passo rumo ao desconhecido, sentir o medo, adrenalina e correr atrás dos próprios sonhos, abrindo mão de elementos conquistados com grandes esforços e dedicação, ou aceitar a estabilidade e aproveitar a aposentadoria vindoura para viajar e ter uma vida mais segura, tranquila e sossegada.


Evitar o sofrimento de uma possível frustração, ou pagar o preço de viver um sonho? Qual lado você escolheria, o de Schopenhauer ou o de Sartre?


- Alessander Raker Stehling

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