Tragédia, perda, luto, dor, sofrimento… A vida é assim, um turbilhão de emoções que às vezes nos joga no chão. Tem dias que é pura alegria — aqueles que você gostaria de guardar num potinho para abrir e reviver sempre que quisesse. Mas também tem aqueles dias cinzentos, carregados de tristeza, que só de lembrar dá vontade de sumir. Esses são os que a gente tenta esquecer, fingir que não existem, mas… não tem jeito, né? Quando a tristeza pega, quando a “bad” bate, até o mais sorridente palhaço perde a graça.
Já passei por isso. Quem não passou? A tristeza de perder alguém que você ama, o vazio de ver um sonho desmoronar, ou até aquele sentimento que aparece do nada — como um vazio sem explicação. Dá uma raiva, né? “Por que isso comigo?” A gente tenta fugir, tenta “resolver” de jeitos tortos: comer demais, trabalhar demais, beber, maratonar séries até esquecer da vida… Mas adivinha? A tristeza sempre volta. É como se ela soubesse o caminho direto para o coração da gente.
Aí eu parei para pensar. Se a tristeza é tão insistente, talvez ela tenha um propósito. Talvez ela esteja tentando me dizer algo. E aí caiu a ficha: a tristeza não é nossa inimiga. Ela é como aquele amigo meio chato, que insiste em te dar conselhos mesmo quando você não quer ouvir. No começo, incomoda. Mas depois, se você ouvir de verdade, percebe que ele pode estar certo.
A tristeza me fez olhar para dentro de mim. Me fez parar de fugir e encarar coisas que eu estava ignorando há tempos. Foi ela que me ensinou que, às vezes, perder algo é o único jeito de abrir espaço para algo novo. Foi a tristeza que me deu coragem para mudar — porque, no fundo do poço, só restava uma opção: subir.
E olha, não estou dizendo que foi fácil. Não foi. Mas se hoje eu consigo sorrir de novo, é porque a tristeza, lá atrás, me obrigou a me mexer. Ela me ensinou a valorizar cada pequeno momento de felicidade, cada risada, cada abraço. Me fez mais forte. Mais humano.
Então, da próxima vez que a tristeza vier, não a trate como uma inimiga. Convide-a para sentar, escute o que ela tem a dizer. Quem sabe, lá no fundo, ela esteja te oferecendo algo valioso: a chance de se transformar.
— Alessander Raker Stehling
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