Quanto amor e cuidado você sentiu na infância? Como foram suas relações com seus pais ou cuidadores? Essas perguntas podem parecer simples, mas são capazes de abrir portas para algumas das reflexões mais profundas sobre quem somos e como vivemos.
Uma criança que cresce em um ambiente de insegurança — com brigas constantes, ofensas ou abusos — aprende a viver em modo de defesa. Para ela, brincar ou confiar pode ser arriscado demais. Assim, sua energia vai para se proteger, não para explorar. Ela cresce fechada, com medo de arriscar e sem muitas experiências para construir confiança em si mesma e no mundo. Na vida adulta, essa bagagem pesa: medo de intimidade, insegurança e dificuldade de construir relações saudáveis tornam-se uma constante.
Por outro lado, quem viveu em um ambiente seguro teve outra chance. Em uma casa onde amor e respeito eram mais presentes que gritos ou castigos, essa criança pôde explorar o mundo, brincar sem medo e se abrir para as relações. Ela cresceu com uma base sólida: sabia que, mesmo que cometesse erros ou enfrentasse dificuldades, havia pessoas que a apoiariam. Isso fez dela uma pessoa mais confiante e aberta ao novo.
Mas nem todos tivemos esse privilégio. E é aqui que entra o papel transformador da terapia. Quando a vida nos deu um ambiente hostil, é no consultório que podemos experimentar, talvez pela primeira vez, o que é ser compreendido e aceito de forma plena.
Na relação terapêutica, não há julgamentos, gritos ou punições — apenas presença e empatia. Ali, o paciente descobre que pode se revelar sem medo, que suas dores serão acolhidas, não descartadas. É um espaço seguro, como deveria ter sido lá atrás. Nesse ambiente, as defesas, construídas para sobreviver em um passado difícil, começam a perder sua utilidade. O paciente aprende a se aceitar. E, ao fazer isso, descobre também como aceitar o outro.
Essa experiência pode ser libertadora. O terapeuta se torna um modelo de relação íntima e saudável, mostrando que é possível criar laços profundos baseados em respeito e confiança. E, mais do que isso, que esses laços podem existir fora do consultório também.
A grande pergunta que fica é: que tipo de relações você está construindo agora? Elas refletem as dores do passado ou apontam para um futuro de mais intimidade e liberdade?
— Alessander Raker Stehling
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