“Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és”.
Será? Andei estudando essa afirmação e gostaria de falar sobre isso.
A construção da personalidade humana é complexa, depende de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Contudo, um mecanismo fundamental nessa construção do indivíduo, bastante estudado por Freud, foi o da identificação. Freud sustentava que a identificação seria quase o único mecanismo de aprendizagem, de que precisaríamos para construção da nossa personalidade.
Como assim, identificação?
Na vida adulta as pessoas se identificam com suas profissões (sou médico, sou metalúrgico, sou político), com seus times preferidos (sou Cruzeiro, sou Flamengo, sou Corinthians), com as instituições onde trabalham, com a religião que seguem, com os livros que lê, com os filmes e séries que assiste, com os estilos musicais que ouvem... Todos esses elementos influenciam na construção e conduta do sujeito, por mais que muitos acreditem que não.
Entretanto, essa identificação começa bem antes, na infância os bebês se identificam com os pais. Com a forma que são tratados (amorosa, agressiva, gentil...), com a própria conduta dos pais (trabalhador, alcoólatra, extrovertido...).
Podemos dizer assim que: a construção da personalidade da criança se dará principalmente pelo exemplo dos pais, que serão introjetados por ela. Contudo, esse mecanismo não some na vida adulta, sendo assim, continuamos a incorporar o comportamento das pessoas com quem mais convivemos.
Diante do que falamos acima, percebemos a importância de andarmos com pessoas nobres, de mentalidade e valores elevados, pois estas influenciarão enormemente a nossa conduta.
“O homem não pode reconhecer-se senão no homem.” – Goethe.
— Alessander Raker Stehling
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