Diferenças entre a época de Freud e a pós-modernidade (época atual)
ERA VITORIANA
Comportamentos predominantes
Rígida estrutura de classes, onde a moralidade sexual e o excessivo recato eram padrões. A compostura, submissão e austeridade eram muito valorizadas. Os modos de falar e se vestir eram cuidadosamente controlados e vigiados. As mulheres usavam espartilhos bem apertados e os homens, colarinhos duros. Além disso, existia o respeito absoluto pelas autoridades.
Neurose padrão — Histeria
Histeria, resultante do recalque da excitação sexual. As pessoas (normalmente mulheres) tinham explosões emocionais, choravam ou gritavam incontrolavelmente. Em casos de repressão severa, elas chegavam a desmaiar, principalmente quando expostas a alguma manifestação pública de sexualidade. Em diversos casos, devido ao abuso sexual dos pais, as mulheres tinham perturbações funcionais — como a paralisia — embora suas condições físicas estivessem saudáveis.
Superego severo e rígido, o qual limitava a expressão sexual e criava culpa e ansiedade intensas a respeito do sentimento sexual.
PÓS-MODERNIDADE
Comportamentos predominantes
Desintegração da autoridade dentro e fora do lar. Fragmentação da estrutura familiar, predominando a ausência paterna nos cuidados parentais. Hábitos sexuais livres, flexíveis e relacionamentos amorosos pautados na superficialidade e fluidez.
O recato sexual foi substituído pelo exibicionismo e pornografia. Qualquer tipo de moralidade sexual na atual sociedade é motivo de piadas e/ou ridicularização.
Neurose padrão — Narcisismo
As pessoas — pós-modernas — idealizam o comportamento frio, extremamente racional e livre. Nas industrias a busca é pelo poder, desempenho e produtividade, expressões sentimentais não tem espaço. O conselho é "aprenda a separar a vida profissional, da vida pessoal".
Somado a isso temos a falta de senso de limites, as pessoas tendem a atuar sobre seus impulsos sem grandes restrições. Ausência de moderação, e busca incessante pelo prazer e felicidade. Frases como "Just do It (apenas faça)", "você merece", "seja feliz", são os bordões modernos.
Superego frágil ou inexistente, levando a ausência de culpa e freios morais. A predisposição é para a depressão, presença constante de uma sensação de vazio ou de ausência de sentimentos.
— Alessander Raker Stehling
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