Como foi sua infância? Era cheia de amor, abraços calorosos e palavras de incentivo? Ou talvez tenha sido marcada por lágrimas frequentes, abandono, solidão, feridas que ninguém pareceu notar? Quem sabe você enfrentou o peso do bullying, das críticas constantes ou a ausência de acolhimento emocional?
Todas essas vivências, especialmente na infância, têm um impacto profundo. Elas moldam, sim, partes de quem somos. Mas aqui está a pergunta crucial: quem você se tornou?
Será que você carrega no peito as marcas dos que o feriram? Talvez tenha aprendido a se esconder, a levantar muros ou a repetir padrões que jurou nunca seguir. E sabe de uma coisa? Isso é humano, acontece com todo mundo. Mas culpar seus pais, professores ou a sociedade não vai mudar o que você sente agora. Você é um adulto — e isso significa que tem o poder de escolher quem quer ser daqui para frente.
Sim, seu passado explica muito sobre você, mas não define tudo. Afinal, você não é um musgo que cresce onde o vento o deixa, nem um cachorro que responde apenas aos instintos, muito menos uma formiga que segue o coletivo sem questionar. Você é um ser humano!
E o que isso significa? Significa que você tem a capacidade de refletir, criar, mudar e transcender. Pode sentir dor, mas também aprender com ela. Pode reconhecer suas falhas, mas escolher superá-las. Dentro de você existem imaginação, pensamento crítico, empatia, coragem e criatividade — recursos que nem o mais extraordinário dos animais possui.
Agora, seja honesto consigo mesmo: você está usando esses recursos ou vive como uma folha ao vento, sem direção? Pior ainda, será que tem levado uma vida tão automática, tão presa a ressentimentos, que sua existência se tornou menor do que poderia ser?
Eu sei que assumir a responsabilidade pela própria vida não é fácil, especialmente quando faltou apoio no início da jornada. É muito mais fácil culpar o passado, os pais ou até a natureza. Mas isso é fugir de quem você é: um ser humano dotado de um potencial extraordinário para se recriar.
A escolha é sua. Continuar vivendo como refém do que aconteceu ou usar o que lhe foi dado — inteligência, criatividade, sensibilidade — para construir algo novo. Algo que honre a pessoa incrível que você pode ser.
Você não é apenas o que lhe aconteceu. Você é o que faz com isso. Agora me diga: o que vai escolher se tornar?
— Alessander Raker Stehling
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