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Foto do escritorAlessander Raker Stehling

Mecanismos de Defesa no Dia a Dia: Como Freud Explicaria Suas Reações Inconscientes

Imagine a cena: noite fria, perfeita para dormir, mas você está com aquela maldita insônia. Mal prega os olhos e, no dia seguinte, acorda cansado e de péssimo humor. Olha pela janela e percebe que São Pedro resolveu caprichar: “Vish, um dilúvio estilo Noé.” Você pega o guarda-chuva — já sabendo que não vai adiantar muito. No ônibus, a situação é clássica: mais apertado que lata de sardinha. Ao descer no ponto, encara quatro quarteirões até a empresa. Nesse pequeno trajeto, você vira um ninja: salta poças e mini correntezas com uma performance digna de um mestre shaolin.


Quando finalmente está prestes a chegar à empresa, eis que surge um “filho do tinhoso” fazendo cosplay de Velozes e Furiosos. Ele passa voando por uma poça enorme e — claro — te acerta em cheio. Num reflexo, você protege o rosto e o tronco com o guarda-chuva, mas deixa as pernas e os pés expostos. O resultado? Uma torrente de água geladinha — que maravilha. Você solta aquele palavrão clássico, mas segue em frente, agora com os pés encharcados e a alma lavada — de raiva. “Que dia de merda!”, exclama.


Mas, como dizem, “desgraça pouca é bobagem.” Ao chegar no seu setor e caminhar até sua mesa, seu chefe lança uma pérola, digna da “Praça é Nossa”: “Tá alagado lá fora? Nem sabia!” Neste momento, todos os colegas caem na gargalhada, incluindo o próprio chefe. E você, todo molhado e de péssimo humor, sente aquele breve impulso de dar um murro na cara dele e mandá-lo para aquele lugar. Porém, por algum motivo inexplicável, dá apenas um sorrisinho sem graça, finge entrar na brincadeira e se senta.


Freud explica? Com certeza. Ele diria que você usou o mecanismo de defesa da negação, dizendo para si mesmo: “Não, ele não falou isso. Não pode ser tão idiota assim.” Talvez você também tenha projetado seus pensamentos, supondo que todos ali também acham o chefe um babaca e estavam rindo das sandices dele.


Mais tarde, ao ir ao banheiro nesse dia miserável, você vê um saco plástico jogado no chão e, sem pensar duas vezes, o chuta com toda a força (deslocamento).



Ah, e tem mais: Freud talvez também mencionasse a formação reativa — aquele mecanismo em que você age de forma completamente oposta ao que está sentindo. Veja só: você queria esmurrar o chefe, mas deu um sorriso e tratou o abestalhado de maneira amigável. Totalmente contrário ao que realmente desejava fazer.


E aí, percebeu a importância dos mecanismos de defesa? Não dá para negar: eles salvam nossas vidas — e empregos também. Porque, sejamos francos, arriscar o réu primário e ainda ser demitido? Isso já seria golpe baixo demais.


No fim das contas, precisamos agradecer a Freud. Se não fosse por ele, talvez estivéssemos todos por aí largados em pleno caos emocional, sem entender nossos comportamentos, dando murros nos chefes e bicando um monte de coisas que não têm culpa de nada. O homem não só desbravou a mente humana como ainda nos deu a desculpa perfeita. Quando o bicho pega e a gente perde as estribeiras, é só dizer: “Foi inconsciente.” Se isso não é genialidade, eu não sei o que é!


Um viva a Freud!


— Alessander Raker Stehling

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“Seja por medo do mundo externo ou por medo do superego, é a angústia que põe em movimento o processo defensivo.” Frase Anna Freud
“Seja por medo do mundo externo ou por medo do superego, é a angústia que põe em movimento o processo defensivo.” Frase Anna Freud

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