“Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”
A raposa sussurrou esse segredo ao Pequeno Príncipe e, desde então, ele toca a alma de quem se permite ouvir. Antoine de Saint-Exupéry escreveu essa passagem em 1942, mas talvez ela nunca tenha feito tanto sentido quanto agora, em um mundo onde os olhos veem mais do que nunca — mas o coração, muitas vezes, não sente nada.
Vivemos na era da hiperconectividade. Estamos sempre olhando para telas, absorvendo informações, acumulando imagens, curtidas, mensagens instantâneas. Mas, no meio de tudo isso, ainda conseguimos enxergar o essencial? Ainda sabemos o que realmente importa?
Olhe ao seu redor. O que mais tem crescido nos últimos anos? Isolamento, materialismo, relações líquidas e superficiais. As pessoas se sentam à mesa e mal se olham nos olhos, distraídas por notificações. Conversamos por mensagens rápidas, mas evitamos diálogos profundos. Observamos tudo e todos através dos nossos smartphones, mas o que importa mesmo… ignoramos.
E, no fim das contas, o que realmente importa?
Eu, por exemplo, quando penso na minha falecida mãe, não me lembro das roupas que ela usava, dos seus óculos ou do dinheiro que possuía. O que ficou foram as histórias que ela contava, sua voz cheia de emoção ainda presente nas minhas memórias de infância.
Do meu irmão, lembro das brincadeiras, dos momentos de cumplicidade que nos fizeram crescer lado a lado.
Do meu pai, lembro dos conselhos sábios e dos bate-papos, da maneira como suas palavras me davam direção quando eu mais precisava.
Nada disso pode ser comprado. Nada disso pode ser postado. Nenhuma dessas lembranças caberia numa vitrine, mas foram elas que me marcaram profundamente.
E hoje, eu me pergunto: estamos nos perdendo?
A geração hiperconectada vê tudo, mas sente cada vez menos. A tecnologia nos uniu virtualmente, mas nos distanciou emocionalmente. Buscamos conforto em distrações vazias e deixamos de lado o que realmente importa — o essencial não tem preço.
Perdemos de vista a beleza da vida, que está nos momentos que não podem ser comprados:
— No abraço apertado de quem amamos.
— Na risada sincera entre amigos.
— No silêncio confortável ao lado de quem nos entende.
— Na presença e no apoio de alguém especial em momentos difíceis da vida.
Quando foi que passamos a trocar tudo isso por telas frias e relações descartáveis? Quando foi que deixamos de sentir para apenas consumir?
O tempo não espera. O que realmente importa não pode ser salvo na memória do celular, apenas na memória do coração.
Ainda há tempo de enxergar com o coração. Mas será que você está disposto a isso? O primeiro passo é desligar as telas e reconectar-se com quem está ao seu lado.
— Alessander Raker Stehling
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