Por Que Escolhi a Psicanálise? Uma Jornada de Autoconhecimento e Coragem
- Alessander Raker Stehling
- há 6 dias
- 2 min de leitura
Lembro bem do dia em que decidi começar o curso de psicanálise. Foi uma escolha íntima, bem pessoal. Mas bastou eu comentar com algumas pessoas para que as críticas começassem a surgir de todos os lados:
— Freud já era!
— Melhor estudar psicologia baseada em evidências…
— Se eu fosse você, escolheria algo mais útil!
Engraçado como as pessoas sempre sabem o que é melhor para a gente, né? No começo, confesso, vacilei — adiei minha decisão por quase um ano. Afinal, eram pessoas próximas. Gente que eu respeitava, algumas até com boas intenções. Mas “de boas intenções o inferno está cheio” — como dizia minha avó.
Fiquei remoendo aquelas opiniões por um bom tempo. Será que eles tinham razão? E se eu estivesse prestes a tomar uma decisão errada? E se tudo fosse perda de tempo? Um lado meu ficava inseguro, sentia um certo medo de me meter numa furada. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim não deixava o assunto morrer. Não era empolgação passageira nem teimosia. Era aquela convicção difícil de explicar, mas impossível de ignorar.
A verdade é que essa história começou bem antes. Lembrei da faculdade. Lembrei da primeira vez que ouvi falar de Freud e de como aquilo fez sentido pra mim. Era como se alguém estivesse verbalizando algo que eu já intuía, mas nunca tinha conseguido colocar em palavras. Não era só teoria, era algo que mexia comigo de verdade.
E como ignorar isso?
Foi aí que caiu a ficha: se eu ficasse esperando aprovação dos outros, nunca tomaria uma decisão que fosse realmente minha. No fim das contas, ninguém sente o que eu sinto, ninguém vive o que eu vivo.
Então resolvi bancar meu desejo. Deixei as opiniões de lado e fui.
Hoje, olhando pra trás, vejo o quanto essa decisão fez sentido.
Se eu tivesse escutado os outros, onde estaria agora? Talvez seguindo um caminho que não fosse o meu, infeliz, mesmo com dinheiro e conforto. Mas, com certeza, sem aquilo que me dá sentido de verdade.
No fim das contas, ninguém pode escolher por mim. Nem por você.
A questão é: será que você está vivendo o que realmente acredita ou o que te disseram para acreditar?
— Alessander Raker Stehling
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