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Por que Sempre Escolho o Parceiro Errado? Entenda os Padrões Emocionais Segundo a Psicologia

  • Foto do escritor: Alessander Raker Stehling
    Alessander Raker Stehling
  • 2 de mar.
  • 3 min de leitura

Você tem algum amigo ou amiga que tem “dedo podre”? Aquele que, por mais que tente, sempre escolhe parceiros que o fazem sofrer? Você olha de fora e pensa:


— Como pode alguém fazer isso consigo? Continuar numa relação que só traz sofrimento?


Não faz sentido, né? Mas aí que tá: faz, sim. E a gente vai entender isso juntos.


Para facilitar, vamos falar da Ana. Ela chegou ao consultório desabafando:


— Eu não aguento mais! Sempre escolho o cara errado. Um me traía, o outro me manipulava, o terceiro vivia sumindo e o último era agressivo. Sério, acho que joguei pedra na cruz… Do jeito que tá, melhor virar freira!


Parece uma reclamação comum. Mas tem algo estranho aí: todos os homens com quem Ana se envolveu tinham comportamentos que inviabilizavam um relacionamento saudável. Isso não foi azar. Foi um padrão.


Explorando sua história, descobrimos que seu pai era frio e autoritário. Desde pequena, Ana aprendeu que amor e distância andavam juntos. O pai raramente era carinhoso, mas, de vez em quando, mostrava um pouquinho de afeto. Isso criou nela a ideia de que o amor precisa ser conquistado. Que um homem distante ou cruel pode, em algum momento, mudar e oferecer o amor que ela deseja.


Isso não é coincidência. É programação emocional. Ana não busca parceiros ruins de propósito, mas seu inconsciente a leva a escolher o que lhe é familiar. E o que lhe é familiar? Um amor difícil, sofrido. Um amor que precisa ser mendigado.


Para piorar, ela cresceu ouvindo críticas o tempo todo. O pai corrigia cada detalhe e repetia frases como:


— Você é uma fracassada, igual à sua mãe.


Com isso, Ana desenvolveu uma voz interna cruel, que a fazia acreditar que nunca era boa o suficiente. Então, quando encontra um parceiro que a desvaloriza, ela não estranha. Pelo contrário, sente-se em casa.


— Mas e se ela encontrasse um cara legal? — talvez você pergunte.



A resposta é triste: ela não sentiria atração. Se aparece um homem bom, que a trata com carinho e respeito, ela se sente desconfortável. Algo parece… errado. Não tem emoção, aquele friozinho na barriga. Não tem desafio. Não tem aquela sensação de que precisa se esforçar para merecer amor. E como isso não combina com o que aprendeu, ela afasta esse tipo de homem e segue escolhendo os que reforçam seu padrão.


Sei o que você está pensando:


— Que triste… Como ajudar a Ana? Ela está condenada a repetir isso?


Não. Mas sair desse ciclo exige esforço e coragem.


O primeiro passo é entender que isso não é azar, nem destino. É um padrão inconsciente sendo repetido. Ana precisa conectar suas escolhas ao passado e perceber que não está apenas escolhendo parceiros — está tentando, sem perceber, reviver e corrigir sua história.


Depois, ela precisa aprender a se ver de forma diferente, reconhecer seu valor e parar de aceitar menos do que merece. Isso significa reformular a relação consigo mesma e se tratar com mais gentileza.


Mas o maior desafio é se abrir para o novo. Nosso inconsciente nos leva para o que conhecemos. E o que nos é familiar, mesmo que machuque, parece mais seguro que o desconhecido. Então, Ana vai precisar encarar esse desconforto e insistir em escolhas novas. No começo, pode parecer estranho ou sem graça. Mas é assim que se quebra um padrão.


No fim, Ana não precisa se conformar com um destino infeliz no amor. Padrões construídos podem ser desconstruídos. Mas isso exige coragem para se enxergar, se reinventar e dizer “não” ao que machuca e “sim” ao que realmente faz bem.


E você? Será que está escolhendo seus parceiros ou apenas repetindo um roteiro que, no fundo, você já sabe de cor?


— Alessander Raker Stehling

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“Há pessoas que sempre repetem na vida, sem correção, as mesmas reações em detrimento próprio.” Frase Freud
“Há pessoas que sempre repetem na vida, sem correção, as mesmas reações em detrimento próprio.” Frase Freud

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