Me diga, quem foi o seu tataravô? “Meu tataravô? Vish, nem sei quem foi.” Tudo bem, então fale do seu bisavô. “Ah, desse me lembro, mas bem pouco. Não tenho muito o que dizer sobre ele.” É curioso, não? A maioria das pessoas, ao explorar suas árvores genealógicas, se depara com um monte de desconhecidos. Ancestrais que, em algum momento, foram tão cheios de vida, sonhos, preocupações e ambições, hoje são apenas um nome — quando muito.
Agora me responda com sinceridade: por que você perde tanto sono pensando no que os outros vão pensar de você? Então, por que sacrificar seu tempo, sua energia e, às vezes, até sua felicidade, para impressionar quem talvez nem se lembra do seu aniversário?
Não me entenda mal, não estou dizendo para você adotar uma “v!d4 l0k@” e sair por aí tacando o fo$#-se. Claro que é importante agir com responsabilidade, cuidar das pessoas que você ama e contribuir de forma positiva para o mundo. Mas o que eu quero dizer é: será que você não está exagerando na preocupação com sua imagem? Vivendo mais para os outros do que para si mesmo?
Veja bem, a vida não é um palco onde você precisa agradar a plateia o tempo todo. Muito menos um acúmulo de troféus, bens ou likes. O que realmente importa é viver de maneira que faça sentido para você — de forma autêntica, equilibrada e, acima de tudo, feliz. Afinal, a memória coletiva é um rio que sempre segue em frente, levando consigo até as pedras mais antigas.
Então, da próxima vez que se pegar preocupado com o que os outros vão pensar de você, lembre-se: no fim das contas, somos todos como folhas no outono, que caem e se renovam no próximo ciclo. Como diz Eclesiastes 1:4: “Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra permanece para sempre.”
Pensa comigo: viver para agradar aos outros é como escrever uma biografia que ninguém vai ler. Mas viver de acordo com os seus valores é escrever uma história que, mesmo que um dia desapareça, terá feito toda a diferença e sentido para você enquanto foi escrita.
E aí, me diga: quem você seria se não tivesse ninguém para impressionar?
— Alessander Raker Stehling
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