“Senta aqui, precisamos conversar!” Só de ler essas palavras muitos já "tremem nas bases”. Discutir a relação, a famosa D.R., é para muitos, angustiante: alguns começam a suar, outros a tremer, tem os que gaguejam, e os que dão uma desculpa e já fogem correndo.
Quando o assunto são emoções, principalmente as estressantes, o papo costuma ser bem desagradável. Para alguns, determinados assuntos são fáceis de lidar, já para outros, o mesmo assunto soa como assistir "o exorcista" sozinho, numa casa com as luzes todas apagadas, ou seja, um verdadeiro terror; mas porque é assim? Para entendermos esse assunto, temos de voltar lá na infância.
Todas as emoções encontram-se, a princípio, adormecidas em cada um de nós. O despertar, e a nossa relação com cada uma delas, dependem principalmente de nossas interações com nossos cuidadores. Por exemplo: Se quando a criança tinha dúvidas, ou sensações incômodas, ela era bem recebida pelos pais, de forma alegre e receptiva, a mesma poderá internalizar que o diálogo com os pais é um momento alegre e que as emoções dolorosas são parte da vida. Se quando a criança tinha dúvidas, ou sensações angustiantes, os pais gritavam com ela: "Larga de frescura.", “para de chorar”, “vira homem."…, logo, ela poderá internalizar que sentir aquilo é errado, ou que conversar com os pais levará a castigos.
Perceba, através do exemplo acima, que cada pessoa irá lidar com as mesmas emoções de formas diferentes, a depender de como foram suas primeiras experiências com cada uma delas. Para alguns, uma simples conversa poderá gerar enorme medo e angústia, já para outros, estes podem ser momentos de prazer e alegria.
Por fim, antes de criticar o namorado(a), por sair correndo feito o papa-léguas da sua “D.R.”, tente analisar a fundo os seus motivos, talvez ele(a) tenha inconscientemente dificuldades com determinadas emoções. Nestes casos, uma psicoterapia pode ser de grande valia.
— Alessander Raker Stehling
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