É possível contar nos dedos as crianças que vêm ao mundo como frutos de relacionamentos maduros e amorosos.
A maioria dos bebês nasce: por descuido dos pais — e não são bem-vindos —, para suprirem suas carências infantis, para que estes possam ter uma cópia de si mesmos (narcisismo), por motivos egoístas (segurar o parceiro na relação)…
Podemos dizer que essas crianças surgem como frutos do mal-estar dos pais e, em geral, servem como objetos para o alívio destes. Estas, por sua vez, acabam reproduzindo o ciclo de abusos a que foram submetidas, replicando, na vida adulta com os próprios filhos, os maus-tratos recebidos anteriormente.
— Alessander Raker Stehling
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