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Foto do escritorAlessander Raker Stehling

Resistências na Terapia? Freud Explica: O Que São e Como Superá-las?

Fazer terapia é muito bom: meu único arrependimento é não ter começado antes. Quando comecei, há uns oito anos, confesso que tinha semanas em que simplesmente não queria ir. Eu inventava desculpas, me atrasava ou até “esquecia” a sessão — e olha que sou comprometido! Passava pela minha cabeça jogar tudo pro alto: “Ficar conversando com ela? Isso tá me ajudando em quê? Besteira!” Pensei nisso muitas e muitas vezes.


E sabe quem explica isso? Você só tem uma chance de acertar! Disse Freud? Então acertou. Ele chamou esse comportamento de resistência. Resumidamente, a resistência é tudo o que aparece para atrapalhar o processo terapêutico. Pode ser enrolar para marcar a sessão, esquecer o horário, sentir preguiça, pensar que “não tá funcionando” ou até evitar falar daquele assunto que mais incomoda, preferindo “encher linguiça” na sessão. É como um mecanismo interno de defesa contra o desprazer, que diz mais ou menos assim: “Ei, cumpade, mió num mexe nesses trem aqui não. Vai dá ruim!”


Eu mesmo era mestre nisso. Tinha dias que, lá no fundo, sabia que ia tocar em algo desconfortável e, adivinha? Atrasava. Inventava uma desculpa de última hora. Até uma chuvinha leve virava motivo para faltar. Mas por quê? Ora, porque mudar dá trabalho. Nosso organismo quer poupar energia, e mexer nas nossas dores pode ser assustador.


Agora você pode estar pensando: “Peraí, se terapia é tão bom, por que as resistências aparecem?” Ótima pergunta! A resistência surge pelo medo do novo, pelo receio de perder o controle ou devido ao intenso desprazer que surge ao tocarmos em feridas emocionais abertas. Enfrentar traumas, memórias ou emoções não “digeridas” exige energia e capacidade de suportar desconfortos. E a resistência tenta, no fundo, nos proteger disso tudo — mesmo que, a longo prazo, isso nos mantenha estagnados na vida.



Mas Freud, esperto como sempre, também nos deu a chave para superar isso. Ele disse: “É preciso dar tempo ao paciente para que ele se enfronhe na resistência agora conhecida, para que a elabore, para que a supere, prosseguindo o trabalho apesar dela.” Em outras palavras, precisamos travar uma luta interna. Um lado nosso quer fugir e manter tudo como está — mesmo que estejamos pagando um preço alto. Mas calma: todos temos resistências. Não se culpe se passar pelo que descrevi. Elas não são motivo para desistir; são, na verdade, como obstáculos numa corrida. A chave é continuar correndo e superando-os, um a um.


Com o tempo, percebi algo muito valioso, e essa dica que vou te dar vale ouro: as resistências apontam exatamente onde estão nossas questões mais importantes. Quando entendi isso, comecei a buscar pelas minhas resistências e até falava delas com minha terapeuta. Às vezes, ríamos juntos: “Sabe tudo isso que eu disse? Mentira pura. No fundo, estou racionalizando demais e fugindo do que preciso encarar.”


Então, se você sentir vontade de jogar a terapia pro alto e chutar o pau da barraca, lembre-se: as resistências são normais, fazem parte do processo e, acima de tudo, são superáveis. Respire fundo, confie em si, no seu terapeuta e continue indo — mesmo com receio. O resultado vale cada esforço. Por experiência própria, posso garantir: não tenho a menor dúvida disso.


— Alessander Raker Stehling

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“É preciso dar tempo ao paciente para que ele se enfronhe na resistência agora conhecida, para que a elabore, para que a supere, prosseguindo o trabalho apesar dela.” - Frases Freud
“É preciso dar tempo ao paciente para que ele se enfronhe na resistência agora conhecida, para que a elabore, para que a supere, prosseguindo o trabalho apesar dela.” - Frase Freud

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