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  • Foto do escritorAlessander Raker Stehling

Rompendo com a lógica do consumo: uma reflexão sobre o que realmente importa na vida

Atualizado: 8 de ago. de 2023

“Que feio mocinha, assim nenhum rapazinho vai te querer.”


“Sem um carro top, você não vai pegar ninguém.”


“Mulher gosta de dinheiro, o resto é bobagem.”


“O homem só procura na rua o que não encontra em casa.”


Talvez tenha ouvido algumas dessas frases acima. São incômodas não são?! Logo pensamos: Onde está o respeito? E o meu desejo, onde entra nessa história? E as idiossincrasias do sujeito? Para ser honesto com você, em nossa atual sociedade pautada no consumo, isso pouco importa, é irrelevante. Você é um objeto substituível, que consome e gera lucro, e só.


Desde a tenra idade nossos comportamentos são modelados pelos nossos pais, sociedade, religião e mercado. “Não pode, isso é feio”, “Parabéns filho, papai está orgulhoso de você.” Desta forma as atitudes são punidas ou recompensadas, sempre dentro de moldes financeiros. O que pode gerar “$uce$$o” é incentivado, e o que não pode, é condenado.


A mocinha de 12 anos precisa se expor com dancinhas sensuais no TikTok, porque assim poderá ser influencer e ganhar muito dinheiro, mas quando criança a mesma queria estudar química, contudo a sociedade arrastou seus sonhos enxurrada abaixo. Os desejos das crianças são desestimulados, construímos assim mãos de obra para o mercado: peões, soldados e robôs padronizados. Os padrões já foram erigidos bem antes de você nascer, na verdade, você nem sonhava em nascer quando tudo isso já tinha sido definido. E ai de quem ousar sair dos padrões ou quebrar as regras...


Por vezes o corpo dá sinais de que algo está errado. Sentimentos de angústia, depressão ou ansiedade começam a aparecer, mas ao invés do sujeito se deparar com tal “reclamação”, vai logo no psiquiatra, que receita Rivotril, diazepan, amitriptilina e diversos outros psicotrópicos, que embotam as emoções e inibem tais “incômodos”.


— O que você tem? — pergunta o médico.

— Sou muito ansioso doutor, não consigo dormir direito. — diz o paciente.

— Tome um desses antes de dormir — o doutor finaliza assim a consulta de cinco minutos.


Negamos o interior e lutamos pelo que é exterior, pelo que alguém, algum dia definiu como certo seguir... e assim vamos seguindo... afinal, nos ensinaram que somos objetos; que nosso valor está atrelado ao que podemos comprar e produzir.


Para a vasta maioria, tudo é mercadoria, tudo tem seu preço e sua cifra.


— Alessander Raker Stehling

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Na sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria [...]  - Zygmunt Bauman
Na sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria [...] - Zygmunt Bauman
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