O instinto de autopreservação é inerente a todas as criaturas desse planeta, de uma ameba, ao homem, já dizia o filósofo da ciência Karl Popper. Sendo assim, nossa mente, sentidos e emoções visam principalmente a nossa sobrevivência. Nosso corpo não quer o nosso mal e ele nos dá sinais a todo o momento. Ele nos informa quando estamos com fome, sono, sede, quando estamos em perigo, nos alerta quando algo em nós não está funcionando corretamente, etc.
Quando sentimos uma dor em alguma parte do corpo, prontamente damos a ela atenção, investigamos, buscamos profundamente as suas causas e a tratamos, porém, quando a dor é psicológica — manifestada por alguma angústia ou pensamentos repetitivos — temos a tendência de negá-la ou ignorá-la. Alguns tomam remédios que a maquiam, outros recorrem ao álcool e drogas como fugas, diversos buscam prazeres que anestesiam a mente e muitos ocupam o seu tempo tão intensamente, que não dispõem sequer de alguns minutos do dia para pensarem no que estão sentindo.
Cuidamos muito bem do corpo com alimentos, exercícios e produtos de beleza, porém não podemos dizer o mesmo no que tange à nossa mente. Não a nutrimos com pensamentos saudáveis e novos conteúdos e nem damos atenção aos seus sinais angustiantes. O preço que pagamos é alto: somatizações, ansiedades generalizadas, depressões, baixa estima... diversos problemas relacionados à nossa saúde mental.
“Onde seu medo estiver, aí está sua tarefa.” Carl Gustav Jung.
- Alessander Raker Stehling
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