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  • Foto do escritorAlessander Raker Stehling

Schopenhauer e o Vazio Existencial: Lidando com o Tédio e Buscando a Verdadeira Felicidade

Atualizado: 25 de ago.

Conseguiria ficar um mês em uma casa no campo, totalmente isolado da sociedade? Talvez responda: “tá louco?!”. E um fim de semana sem o seu telefone celular? Provavelmente nem isso. A questão aqui é a seguinte: você consegue passar um bom tempo sozinho, isolado, sem sentir isso enfadonho ou tedioso? A maioria das pessoas dirá que sim, mas é mentira.


Isso ocorre porque o sistema, ciente que o ser humano tem um vazio existencial profundo, estimula os indivíduos a saírem desse estado de diferentes formas. Um dos recursos utilizados é a glorificação do consumo como a solução para todos os males, nos prometem felicidade a cada nova compra. O sistema econômico se aproveita desse vazio existencial humano, alimentando um ciclo interminável de desejo e insatisfação. Produtos são anunciados como essenciais para nosso bem-estar, e o marketing astuto cria necessidades artificiais que nos levam a gastar mais e mais, apenas para obter uma breve sensação de alívio.


Essa redução momentânea do tédio, que Schopenhauer menciona, é exatamente o que mantém as engrenagens do consumismo em movimento. Somos levados a acreditar que a felicidade pode ser comprada, que a próxima aquisição trará finalmente a satisfação duradoura que buscamos. No entanto, esse prazer é efêmero, rapidamente substituído por um novo desejo, uma nova necessidade.



Para romper esse ciclo vicioso, é fundamental buscar o autoconhecimento. Entender nossas verdadeiras necessidades e desejos, em vez de seguir cegamente os ditames do mercado, é um passo crucial para alcançar um contentamento genuíno. O verdadeiro contentamento não reside na ausência de tédio ou na satisfação imediata dos desejos, mas em encontrar um caminho autêntico de vida.


Esse caminho é guiado por valores e objetivos que trazem significado e propósito à nossa existência. É sobre investir em relacionamentos significativos, em experiências que enriqueçam a alma, e em um trabalho que nos desafie e inspire. É sobre aprender a apreciar o silêncio e a solitude, e a encontrar alegria nas pequenas coisas.


A felicidade verdadeira, conforme Schopenhauer nos sugere, não pode ser comprada. Ela é cultivada internamente, através de uma compreensão profunda de nós mesmos e de uma vida vivida com propósito.


Portanto, a próxima vez que sentir a necessidade de comprar algo para combater o tédio, pare e reflita. Questione se esse desejo é genuíno ou apenas um reflexo do condicionamento que recebemos. E lembre-se: a busca pelo autoconhecimento e por uma vida com propósito é o caminho para uma felicidade duradoura, muito além do que o consumismo pode oferecer.


— Alessander Raker Stehling

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“Há incontáveis pessoas que se encontram em carência apenas porque, quando tinham dinheiro, o gastaram para obter uma redução meramente momentânea do tédio que os oprimia.” - Frases Schopenhauer
“Há incontáveis pessoas que se encontram em carência apenas porque, quando tinham dinheiro, o gastaram para obter uma redução meramente momentânea do tédio que os oprimia.” - Frases Schopenhauer

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