As mães de hoje estão mais sobrecarregadas do que nunca.
Eu me lembro da dedicação da minha mãe — década de 80 — para cuidar de mim e meu irmão. Nessa época era comum os homens trabalharem para manter a casa enquanto as mulheres zelavam o lar. Engana-se quem pensa que ser dona de casa era fácil. As mães cuidavam dos filhos, da casa, do marido e tentavam obter alguma renda extra para ajudar nas despesas, mesmo nessa época as coisas já não estavam fáceis. Lembro-me que o sonho da minha mãe e de diversas outras mulheres era ter um emprego de meio período.
De lá para cá muitas coisas mudaram, mas percebo que, a vida das mães — que nunca foi fácil — piorou e muito nos tempos modernos. Diante disso, podemos levantar algumas hipóteses.
1) Mudanças econômicas:
Na década que nasci, como informei acima, os homens conseguiam prover o sustento da família, dependendo pouco da renda da mulher. Na atual economia, a maioria das famílias depende das duas rendas (mulher e homem) para sobreviver.
2) Mídias sociais:
Ao acessarem as redes sociais, as mulheres veem fotos de “famílias perfeitas”, principalmente as de famosos e ricos. Mães sorrindo com filhos bem vestidos, na praia ou em suas mansões. Diante de tais imagens, elas — não por menos — , se sentem frustradas, inadequadas e fracassadas como mães. Isso eleva as próprias exigências consigo mesmas e as levam a grandes sentimentos de culpa.
3) Mudanças sociais:
A maioria das pessoas não enxerga vantagens em construir uma família no mundo atual. Isso se deve a diversos fatores: facilidades, tecnologia, consumismo, busca incessantes por prazeres, baixa tolerância a frustrações, incentivo cultural ao individualismo, etc.
Não podemos esquecer que, além de tudo o que apresentamos, as mães atuais ainda precisam lidar com a pressão de cuidar da casa, da família, da própria aparência e ainda ter um emprego de sucesso.
Não é de se estranhar que as mães hodiernas estejam a ponto de “explodirem”, diante das enormes exigências e do estresse.
O que pode ser feito?
Precisamos ter mais empatia e menos julgamentos sobre as mães — principalmente as solo. É necessário que os homens (pais) também assumam a responsabilidade pelos seus filhos. As mães precisam se sentir livres para relaxar um pouco e confiar em seus parceiros para cuidar das crianças.
No mais, só tenho que parabenizar as mães que se desdobram em mil para dar o melhor que podem aos seus filhos, pois como vimos, a tendência é que a criação deles se torne, a cada dia, mais e mais difícil.
— Alessander Raker Stehling
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