Muitos, em nossa atual sociedade, não se percebem como seres dignos de admiração e respeito. Por não conhecerem minimamente suas qualidades e desejos, acabam se menosprezando e necessitando enormemente da validação externa.
Imagine as cenas: Um homem, que não percebe suas virtudes e potencialidades, e se sente indigno e inferior, poderá construir um personagem potente, investir toda sua energia em seu trabalho e exterior, tendo como prioridades o luxo e aparência física — negligenciando a busca interior, o autoconhecimento.
Já uma mulher que não se encontrou, não descobriu sua identidade, que seguiu fielmente a opinião da sociedade — das amigas, mídias sociais e da própria família — poderá perceber-se fortemente dependente do reconhecimento externo.
Note que, nos dois casos acima, ambos estarão entrando em um terreno altamente competitivo; disputarão com muitos outros, que assim como estes, também não descobriram a própria identidade.
Se o homem, ou a mulher, precisam constantemente ser sustentados pela visão e admiração dos outros para que possam ter senso de valor e de identidade, então, é extremamente importante que eles sejam os primeiros, os melhores; ele precisa ter as melhores roupas, o carro do ano, status e ganhar muito dinheiro; e ela ser a mais bonita de todas, pois se ela não for a mais bonita do local, não terá os olhos e a admiração de todos os demais.
As pessoas que têm a maior parte da identidade derivada da opinião externa precisam competir muito mais — com muitos outros e também com maior desespero — do que as que tem uma identidade originária, sendo esta, uma das grandes vantagens do autoconhecimento. Tais pessoas, as que encontraram o próprio valor, não veem os demais como inimigos a serem combatidos, e assim, demonstram maior solidariedade e fraternidade.
“Para se encontrar, pense por si mesmo” - Sócrates.
- Alessander Raker Stehling
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