Estamos repletos de pobres endinheirados e acadêmicos metidos a sábios. Pessoas que só têm dinheiro e certificados, que ostentam a ignorância, bens materiais, mas por dentro são ocas feito velhas árvores sem vida.
A verdadeira riqueza custa caro, ela não é obtida riscando-se seis dezenas no bilhete da loteria. Mas, poucas pessoas estão dispostas a falar sobre isso, considerando-se que, a maioria apenas sonha com os milhões da mega-sena.
Esse é o desejo da juventude, ser uma estrela do futebol, viralizar em uma mídia social, ganhar milhões e ostentar essa vida aos quatro cantos do mundo. Porém, esse é o rico mais pobre que tem, o pobre endinheirado, inconsequente, que nada produz de útil para a sociedade, apenas extrai os recursos do planeta e entrega mais lixo em consequência disso.
Também envergonha-me a arrogância dos chamados sábios e intelectuais admirados por milhões, a sua falta de empatia com o público — muitas vezes humilde — que lhes dão atenção, seu desprezo pelo povo e esquecimento de suas raízes humanas.
Sonhara eu com um mundo em que nele tivéssemos ricos de verdade. Ricos de cultura, de valores humanos, que gostassem do povo e defendessem o planeta. Que respeitassem a natureza, os demais seres e a vida. Tudo isso sem precisarem se achar melhores que ninguém e nem destilar ódio e ofensas; pessoas respeitosas, amantes da vida. Ricos que valorizassem os trabalhadores, gerassem empregos e deixassem os dias dos menos favorecidos mais leves. Numa frase: ricos que nos enriquecessem.
A verdadeira riqueza é essa: a interior; aquela que dinheiro algum pode comprar.
“A humanidade se apaixona por finalidades irrisórias que têm por nome a riqueza, a glória, o luxo.” — Albert Einsten
— Alessander Raker Stehling
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