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Foto do escritorAlessander Raker Stehling

Você Está Sabotando Seus Relacionamentos? Como Superar Medos e Criar Relacionamentos Saudáveis

“Como foi o encontro, Amanda?” — perguntei a uma amiga que estava animadíssima com o seu primeiro encontro com o “paquera” em um restaurante aqui da cidade.


“Foi horrível!” — respondeu ela, soltando fogo pelas ventas. — “Ele foi super indelicado e grosso, disse que eu não o olhava nos olhos e falava baixo. Veja bem, com você e a turma eu sou super animada, alto-astral! Tudo bem que eu não estava soltinha como fico com vocês, mas não gostei nada disso que ele falou.”


Olhei para ela por uns segundos e arrisquei: “Mas você agiu assim mesmo, Amanda? Seja honesta comigo.”


“Não, eu não agi assim!” — respondeu com firmeza. — “Olhei para ele várias vezes e falei em um tom normal. Ele deve ser surdo e meio cego também, porque, com aquele óculos fundo de garrafa, né...” — soltou uma gargalhada, tentando encerrar o assunto.


Amanda não sabe, mas eu estava no restaurante do outro lado da rua e vi o desenrolar desse encontro. E, sinceramente? Ele não mentiu. Ela desviou o olhar a maior parte do tempo e devia falar baixo também, já que estava sempre cabisbaixa. A reclamação dele parecia legítima.


Mas o problema maior nem é o encontro em si — é o fato de que Amanda não consegue reconhecer algo essencial: ela tem dificuldade em criar conexões íntimas. Olhar nos olhos, para ela, é quase uma invasão. Faz com que se sinta exposta, vulnerável, e então desvia o olhar, erguendo barreiras invisíveis. Isso já havia sido um padrão nos relacionamentos anteriores dela. Dois ex-namorados chegaram a me confessar: “Parece que ela não está realmente comigo. É como se tivesse uma barreira. Ela não expressa nada, é fria como uma geleira.”



Mas Amanda discorda de tudo isso. Para ela, está tudo bem. Afinal, com os amigos, ela é a atração da festa, a mais animada da turma. Só que isso não anula esse outro lado, que ela não percebe e precisa encarar também.


Isso me lembrou uma frase de Freud: “Não podemos nos curar do que não aceitamos como parte de nós mesmos.” E é exatamente isso. Enquanto Amanda não se permitir olhar para dentro e reconhecer que essas barreiras emocionais existem — e que, talvez, estejam protegendo feridas que ela ainda não sabe como lidar —, ela continuará sentindo que relacionamentos mais profundos não funcionam para ela.


A verdade é que todos temos pontos cegos. Áreas da nossa vida onde insistimos que os problemas estão “lá fora”, nos outros, quando, na verdade, estão aqui, bem dentro de nós. Reconhecer isso é desconfortável, eu sei. Dá trabalho. Mas é o único caminho para crescermos e termos uma vida mais plena.


Então, se algum dia alguém apontar algo sobre você que te deixe desconfortável — seja um hábito, um padrão ou até uma crítica —, tente não reagir como Amanda, colocando a culpa nos “óculos fundo de garrafa”. Respire fundo e pergunte-se: “Será que ele tem razão?”


Reconhecer nossas falhas é doloroso, mas também é libertador. É um convite para sermos versões melhores de nós mesmos, mais autênticos e mais próximos de quem queremos ser. Amanda ainda está começando… E você, está pronto para embarcar nessa jornada?


— Alessander Raker Stehling

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“Não podemos nos curar do que não aceitamos como parte de nós mesmos.” - Frases Freud
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