A autoestima é um tema que gera muita discussão atualmente, principalmente porque muitas pessoas apresentam problemas relacionados a ela. Esse é o caso de Marcos, que sofreu bullying na escola e hoje luta contra a depressão, e de Carla, que foi vítima de humilhações na infância e hoje se sente insegura em situações sociais. Em ambos os casos, é possível perceber que a baixa autoestima é um fator que está presente e que influencia diretamente na vida dessas pessoas.
Mas o que é autoestima afinal? Segundo a etimologia da palavra, “autoestima” é composta pelos termos “auto” e “estima”. “Auto” vem do grego “Autós”, que significa “próprio” ou “de si mesmo”, e “estima” vem do latim “Aestimare”, que significa “apreciar”, “valorizar” ou “avaliar”. Portanto, autoestima pode ser definida como o apreço que temos por nós mesmos, a valorização de si, ou seja, a avaliação positiva que uma pessoa faz de si mesma. Sendo a percepção que a pessoa tem de sua própria identidade, habilidades, competências, limitações, valores e sentimentos. Em suma: a maneira como uma pessoa se vê, se valoriza e se respeita.
É importante destacar que a autoestima pode ser elevada ou baixa, e essa diferenciação influencia diretamente na qualidade de vida de cada indivíduo. Quando uma pessoa tem autoestima elevada, ela se sente confiante em suas habilidades e competências, tem uma visão positiva de si mesma, é capaz de lidar com críticas, desafios e adversidades de forma mais eficaz e é mais resiliente emocionalmente. Já uma pessoa com baixa autoestima pode ter dificuldades em reconhecer suas próprias qualidades, pode se sentir insegura e ansiosa em situações sociais e se submeter a situações de abuso ou desrespeito por acreditar que não merece nada melhor.
A construção da autoestima se dá por fatores internos e externos. A imagem que a criança tem de si a princípio é construída pelos pais. Pais amorosos, que validam os filhos, elogiam e reconhecem seus feitos e esforços são de extremo valor para a criança. Se essa base for bem construída, a criança ou adulto estará como que blindado contra os ataques que eventualmente sofrerá na escola e sociedade em geral. Por outro lado, se os pais não ajudam a criança a construir uma boa imagem de si mesma, ou pior, a diminuem ou humilham gratuitamente, isso pode levá-la à baixa autoestima, problemas de saúde mental, submissão a parceiros(as) abusivos, dependência emocional, abuso de substâncias nocivas, inclinações suicidas, automutilação e muitos outros problemas.
Algumas estratégias eficazes para desenvolver uma autoestima saudável incluem: explorar o autoconhecimento, identificar e desafiar as crenças limitantes, praticar o autocuidado e rodear-se de pessoas positivas e encorajadoras. Além disso, é importante buscar ajuda profissional em casos de baixa autoestima persistente, que interfere na saúde geral. Psicoterapeutas podem auxiliar na identificação e tratamento dos problemas relacionados à autoestima, bem como na promoção de uma visão mais positiva e equilibrada de si mesmo.
Em resumo, a autoestima é um aspecto fundamental da saúde mental e do bem-estar emocional. Desenvolver uma autoestima saudável é um processo contínuo e envolve a conscientização de nossas qualidades e limitações, o cuidado com o nosso bem-estar emocional e a busca por recursos que ajudem na promoção de uma visão positiva e equilibrada de nós mesmos. Com esforço e dedicação, é possível superar a baixa autoestima e ter uma visão de si e da vida mais positivas.
— Alessander Raker Stehling
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